Como a morte é um acontecimento inevitável e doloroso às pessoas próximas, desde os primórdios da humanidade até os dias atuais são realizados rituais fúnebres para dar adeus aos entes queridos e fornecer apoio emocional às pessoas de luto.
Esses rituais foram se difundindo em todas as partes do mundo e evoluindo ao longo do tempo, sendo moldados de acordo com a cultura e a crença de cada povo, e chegam a ser muito diferentes entre si.
Em alguns países, assim como no Brasil, a morte é um assunto delicado, funesto, e que não é falado abertamente, principalmente com crianças. Isso faz com o que o funeral seja uma reunião onde imperam a seriedade e tristeza, pois é o momento em que os familiares sentem a dor da perda.
No entanto, existem culturas que vêem a morte como um motivo de alegria, realizando rituais fúnebres de forma mais festiva. Esse é o caso da tribo Acholi, no norte do Sudão. Para eles, o funeral não é um evento triste e sombrio, pelo contrário, é um momento festivo, onde a morte, as dores e o sofrimento são expulsos da casa e o espírito do falecido retorna para a família.
Quando um membro dos Acholi falece é realizada uma cerimônia de enterro, presidida pelo líder espiritual da tribo. É imprescindível que o corpo seja enterrado dentro das terras da comunidade, pois, segundo as suas crenças, não há maior tristeza e maldição do que ser enterrado fora de sua tribo.
Após a cerimônia de enterro, toda a tribo se reúne para uma festa que dura dois dias. Durante esse período é celebrado o retorno do espírito do falecido, com música, dança, comida e bebida abundantes. Para eles, a festa e a comemoração fazem com que o espírito se sinta acolhido pela comunidade e possa guiá-los em direção à luz.
Diversas danças são realizadas nesse ritual, cada uma com um significado. Para levar o corpo à sepultura, homens e mulheres idosos vestidos com trajes tradicionais executam a dança Bwola, que tem como princípio prestar as últimas homenagens à família. Após o enterro, o mesmo grupo faz a dança Labang, para expressar o pesar e repreender a morte para não voltar para aquela casa. Durante os dois dias do funeral, tanto de dia quanto à noite, é realizada a dança de guerra, chamada Otole.
Embora o ritual fúnebre dos Acholi pareça incomum para a cultura brasileira, ele demonstra como a forma de encarar a morte varia em cada comunidade. Porém, mesmo sendo muito distintos, todos os rituais têm o mesmo propósito: se despedir do ente querido, honrar a sua memória e dar apoio às pessoas enlutadas.
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